Moraes confirma reuniões com o Banco Central, mas nega favorecimento ao Banco Master

Moraes confirma reuniões com o Banco Central, mas nega favorecimento ao Banco Master

Ministro do STF confirma reuniões com setor bancário, mas esclarece que encontros foram motivados por sanções da Lei Magnitsky

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou-se nesta terça-feira (23) sobre alegações de que teria intermediado reuniões com o Banco Central em favor do Banco Master. O magistrado confirmou a realização de encontros com lideranças do setor bancário, mas esclareceu que estas foram motivadas por sua situação após ser sancionado pela Lei Magnitsky dos Estados Unidos.

Em nota oficial, Moraes detalhou os encontros realizados com diversos representantes do setor financeiro:

* Reuniu-se com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a presidente do Banco do Brasil, e dirigentes do Banco Itaú, incluindo seu presidente e vice-presidente Jurídico

* Participou de encontro conjunto com presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Febraban, BTG e vice-presidentes do Santander e Itaú

* Conforme sua declaração, todas as reuniões focaram exclusivamente nas consequências da Lei Magnitsky, especialmente sobre a manutenção de serviços bancários básicos como movimentações, contas correntes e cartões

A manifestação do ministro surge após reportagem publicada pela jornalista Malu Gaspar no jornal O Globo, que indicava, com base em seis fontes diferentes, que Moraes teria solicitado a Galípolo decisões favoráveis ao Banco Master, incluindo a aprovação da compra de parte das ações pelo Banco de Brasília (BRB).

O caso ganhou maior relevância após a divulgação de que o escritório de advocacia de Viviane Barci, esposa de Moraes, possui contrato para representar o Banco Master em ações judiciais, com valor estimado em R$ 130 milhões por três anos.

O Banco Master, que foi liquidado pelo Banco Central em 18 de novembro deste ano, teve uma trajetória marcada por crescimento acelerado e investigações. A instituição quintuplicou seu patrimônio líquido em cinco anos, passando de R$ 219 milhões para R$ 5 bilhões, principalmente através da emissão de Certificados de Depósitos Bancários.

A Lei Magnitsky, mencionada por Moraes como motivo dos encontros, foi aplicada contra ele pelo então presidente americano Donald Trump, resultando em bloqueio de bens nos EUA, proibição de entrada no país e restrições bancárias vinculadas ao sistema financeiro norte-americano.

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