Número 2 do INSS é afastado do cargo após operação da PF

Número 2 do INSS é afastado do cargo após operação da PF

Secretário-executivo deixa cargo após operação da PF que investiga fraudes em aposentadorias e pensões do INSS com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões

O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal, foi exonerado do cargo nesta quinta-feira (18) após desdobramentos da Operação Sem Desconto. A ação, conduzida pela Polícia Federal e Controladoria-geral da União (CGU), investiga um esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS.

A exoneração foi determinada pelo ministro Wolney Queiroz, após autorização do Supremo Tribunal Federal para o afastamento de Adroaldo Portal do cargo. O Ministério da Previdência informou que continua colaborando ativamente com as investigações, em parceria com o INSS, para recuperar os recursos desviados.

Detalhes da Operação

* A Operação Sem Desconto investiga uma organização criminosa que inseriu dados falsos em sistemas oficiais para realizar descontos não autorizados em benefícios previdenciários
* O esquema teria operado entre 2019 e 2024, com prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões
* A atual fase da operação inclui 52 mandados de busca e apreensão e 16 de prisão preventiva, sendo cumpridos em seis estados e no Distrito Federal
* Entre os alvos está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), além de empresários e operadores do esquema

Perfil do Exonerado

Adroaldo Portal, jornalista de 55 anos, construiu sua carreira política vinculada ao PDT, com 23 anos de atuação no Congresso Nacional. Ocupou posições estratégicas como chefe de gabinete da liderança do PDT na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Anteriormente, exerceu funções no Ministério das Comunicações durante o governo Dilma Rousseff, incluindo a presidência do Conselho de Administração dos Correios.

Com a saída de Adroaldo Portal, o procurador-federal Felipe Cavalcante e Silva, atual consultor jurídico da pasta, assumirá a função de secretário-executivo do Ministério da Previdência.

O Ministério ressaltou em nota que “o esquema investigado teve início no governo anterior, mas foi interrompido na atual gestão, com o reforço de mecanismos de controle e fiscalização”. As investigações continuam em andamento, e a Polícia Federal não descarta novos desdobramentos a partir da análise do material apreendido.

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