O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) manifestou-se contrariamente à concessão de habeas corpus solicitado pela defesa de Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado no caso da morte de um gari. O empresário está preso desde 11 de agosto, quando foi detido em flagrante.
De acordo com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), embora o MPMG já tenha se posicionado, o pedido da defesa ainda não foi julgado no mérito e os autos encontram-se em análise pelo Desembargador Relator.
A defesa de Renê impetrou o habeas corpus alegando constrangimento ilegal e questionando a validade dos procedimentos realizados pela Polícia Militar durante as investigações. O MPMG informou que não teve acesso ao documento completo do habeas corpus.
O caso teve desenvolvimentos significativos desde a prisão inicial:
* Em 13 de agosto, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva
* No dia 20 de agosto, o MPMG denunciou Renê por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, ameaça e fraude processual
* Em 15 de setembro, a Justiça aceitou a denúncia e Renê tornou-se réu no processo
Após o surgimento de gravações relacionadas ao caso, Renê modificou seu depoimento inicial, confessando sua presença no local e admitindo ter disparado a arma de sua esposa, uma pistola .380. Ele alegou que portava a arma para proteção pessoal por considerar a região perigosa e desconhecer o caminho.