Marcelo José Moraes Pinto, de 54 anos, conhecido como “Bozó”, principal liderança do Comando Vermelho (CV) em Minas Gerais, foi transferido para o Presídio de Segurança Máxima Francisco Sá, no Norte de Minas. A transferência ocorreu após ordem do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), removendo-o da ala de lideranças da penitenciária Bangu 3.
Natural de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, “Bozó” acumula passagens policiais desde 1997 e possui penas que somam mais de 41 anos. Classificado como preso R5, o mais alto nível de periculosidade no sistema prisional mineiro, sua transferência foi realizada de forma sigilosa na tarde desta terça-feira (16) por questões de segurança.
* Investigações da inteligência da segurança pública revelaram que, mesmo preso, “Bozó” mantinha controle sobre esquemas de tráfico de drogas, gerenciando grandes remessas de cocaína provenientes de Mato Grosso e Tocantins
* O criminoso operava um lucrativo esquema onde pagava entre R$ 15 mil e R$ 25 mil pelo quilo da droga, conseguindo revendê-la por até R$ 80 mil
* “Bozó” implementou um sistema rigoroso de credenciamento conhecido como “cara/crachá” para novos membros do CV em Minas Gerais
* O processo incluía a coleta de informações detalhadas como nome, vulgo, cidade de origem, local de atuação e indicador
* Cada novo integrante precisava passar por uma validação final realizada pessoalmente por “Bozó”, que registrava também a data de “batismo” na organização
Enquanto “Bozó” permanece encarcerado, a liderança do CV nas ruas de Minas Gerais está sob comando de Anderson Ferreira Santos, conhecido como “Bala” ou “Andinha”.