A Polícia Federal (PF) realizou buscas no apartamento do deputado Antônio Doido, localizado na área central de Brasília, após autorização do ministro Dino. Durante a operação, os agentes encontraram um celular na área externa do prédio, que segundo testemunhas, foi arremessado pela janela.
O parlamentar Antônio Doido está sendo investigado por um complexo esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro, envolvendo diversas empresas de fachada no setor da construção civil, supostamente gerenciadas por sua esposa, Andrea Costa Dantas.
* As investigações tiveram início após a prisão em flagrante de Francisco Galhardo, policial militar aposentado, em outubro de 2024, portando R$ 4,6 milhões em espécie em uma agência bancária em Castanhal, Pará.
* Segundo relatório da PF, Galhardo atuava sob ordens de Antônio Doido e era responsável por saques que ocorrem desde 2023, utilizando-se de um grupo de policiais militares para movimentar grandes quantias em dinheiro.
* O esquema investigado envolvia recursos provenientes de contratos públicos, aparentemente destinados para fins eleitorais irregulares e aquisição de patrimônio.
A PGR manifestou-se favorável às diligências, destacando preocupação com “possível instrumentalização da estrutura policial em benefício de candidaturas políticas”.
O ministro Dino autorizou a apreensão de aparelhos eletrônicos e quebra de sigilo telefônico e telemático de 13 pessoas físicas e dez pessoas jurídicas, incluindo a Secretaria de Obras Públicas do Pará. Também determinou o bloqueio de R$ 17 milhões em contas vinculadas aos investigados.
Entre os alvos da operação está o secretário de Obras Públicas do Pará, Ruy Cabral. Dino, no entanto, negou pedido de busca no gabinete do deputado na Câmara, argumentando que as investigações focam em fatos ocorridos no Pará.