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Minas Gerais voltou a ganhar destaque na rota do tráfico internacional de drogas após uma série de grandes apreensões. Em apenas uma semana, as forças de segurança do estado apreenderam mais de duas toneladas e meia de entorpecentes. Desde janeiro, o número de apreensões já ultrapassa 50 mil, conforme dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
A maior operação da semana aconteceu na região Centro-Oeste do estado, especificamente na MG-050, em Itaúna, onde a Polícia Civil interceptou um carregamento significativo:
* Uma tonelada de maconha foi encontrada em um caminhão que circulava com placa adulterada e falsamente identificado com a marca de uma empresa atacadista mineira
* A droga seguiu uma rota internacional, partindo da Bolívia, passando pelo Mato Grosso e São Paulo, onde foi preparada e embalada, antes de ser interceptada em território mineiro
* O destino final do carregamento seria a Região Metropolitana de Belo Horizonte
* Dois suspeitos foram presos durante a operação
O delegado Rodrigo Bustamante, chefe do Departamento Estadual de Operações Especiais, destacou que “É muito mais fácil para os traficantes usar o transporte terrestre até os portos brasileiros. Eles estão cada vez mais ousados, e a polícia precisa manter o mesmo nível de comprometimento”.
As estatísticas de janeiro a outubro mostram que Belo Horizonte lidera o ranking de apreensões com 6.768 casos, seguida por Juiz de Fora (4.887), Contagem (4.446) e Ipatinga (3.953). Maconha, cocaína e crack são as substâncias mais encontradas pelas autoridades.
No Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, as autoridades realizaram importantes apreensões. Uma passageira foi detida ao tentar embarcar para Paris com 3,5 kg de cocaína em um fundo falso da mala. Além disso, a maior apreensão da história do país em terminais aeroportuários ocorreu na semana anterior, com 1,5 tonelada de cocaína apreendida.
Mário Dehon Santiago, superintendente da Receita Federal em Minas Gerais, ressaltou que “Todos os passageiros passam por cruzamento de informações, e, quando há risco, a verificação é feita imediatamente. Em Minas Gerais, esse controle tem sido constante”.
Nas rodovias federais mineiras, a PRF contabilizou a apreensão de 34 toneladas de maconha e 740 kg de cocaína este ano. O inspetor Aristídes Júnior, porta-voz da PRF em Minas, enfatizou que “Nenhuma polícia trabalha sozinha. O compartilhamento de dados e o uso de tecnologia aumentam a assertividade das operações”.
