O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez criticou duramente as operações militares dos Estados Unidos próximas à costa venezuelana, classificando-as como “inaceitáveis” e “extrajudiciais”. A declaração foi feita em uma entrevista ao semanário italiano L”Espresso, publicada nesta sexta-feira (12).
Os Estados Unidos têm mantido uma significativa presença militar no Caribe desde setembro, justificando suas ações como parte de uma operação de combate ao narcotráfico. Washington alega que as redes de tráfico na região têm conexões diretas com o governo de Nicolás Maduro. Como resultado dessas operações, pelo menos 87 pessoas perderam suas vidas em ataques a embarcações supostamente envolvidas com o tráfico de drogas.
“Na minha opinião, essas operações extrajudiciais são inaceitáveis porque minam o direito internacional”, declarou Sánchez na entrevista. O líder socialista espanhol expressou sua preocupação com o questionamento do direito internacional e argumentou que tais ações reforçam as críticas sobre a “inconsistência do Ocidente em relação aos seus dois pesos e duas medidas”.
Em busca de uma resolução para a situação, Sánchez enfatizou a necessidade de encontrar caminhos para o diálogo, defendendo uma “solução pacífica para esta crise”.