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O delegado Bernardo Leal, baleado durante uma megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em 122 mortos, está prestes a receber alta hospitalar. No entanto, sua recuperação enfrenta um novo desafio: a necessidade de uma prótese na perna direita, que foi amputada após o incidente, com custo estimado em R$ 500 mil.
Diante da impossibilidade de arcar com os custos do tratamento, a família do delegado está organizando uma campanha de arrecadação online. A iniciativa, que será lançada em breve, incluirá um vídeo gravado no hospital. Os familiares já alertaram sobre o surgimento de golpes que se fazem passar por campanhas de doação.
A situação do delegado Bernardo Leal evidencia uma deficiência estrutural na Polícia Civil do Rio de Janeiro, que não possui hospital próprio para atendimentos complexos nem oferece auxílio financeiro para tratamentos domiciliares ou próteses. Todo o ônus recai sobre o servidor e seus familiares.
O incidente ocorreu durante uma das operações mais violentas da história do estado:
* Bernardo Leal foi atingido por um disparo que rompeu sua veia femoral, provocando intensa hemorragia
* Para preservar sua vida, a equipe médica precisou realizar a amputação da perna
* No momento do incidente, colegas da Delegacia de Repressão a Entorpecentes carregaram o delegado morro abaixo, na Serra da Misericórdia
* Devido à urgência da situação, Bernardo foi transportado na garupa de uma motocicleta até uma ambulância
