O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados do Censo 2022 revelando que Juiz de Fora possui 37 áreas vulneráveis, ocupando a quarta posição entre as cidades mineiras com maior número de favelas e comunidades urbanas. O levantamento indica que aproximadamente 16.728 pessoas residem nestas áreas, representando 3,1% da população total do município.
Em 2024, o IBGE adotou uma nova nomenclatura, substituindo o termo “aglomerados subnormais” por “favelas e comunidades urbanas”, uma mudança resultante de discussões com movimentos sociais, academia e órgãos públicos.
* Das 5.869 residências mapeadas nas comunidades:
– 5.515 são casas (94%)
– 180 são apartamentos (3%)
– 135 são habitações em casa de cômodos ou cortiço (2,3%)
– 34 são casas de vila ou condomínio (0,6%)
– 5 são estruturas residenciais degradadas ou inacabadas (0,1%)
* 98,4% dos domicílios contam com coleta de lixo regular
* 93% têm acesso à rede de esgoto e saneamento
* 98,7% possuem água canalizada dentro das residências
* 93,6% das vias são pavimentadas
* 73,25% das residências têm calçadas, porém 70% apresentam obstáculos
* Apenas 25% das áreas possuem arborização
* Somente 0,3% das calçadas têm rampas de acessibilidade
Das 37 comunidades mapeadas:
* 21 possuem estabelecimentos religiosos, totalizando 45 locais
* Apenas duas contam com estabelecimentos de ensino
* Somente duas dispõem de estabelecimentos de saúde
O IBGE define favelas e comunidades urbanas como territórios populares formados por iniciativas autônomas da população para garantir moradia e serviços básicos, evidenciando a desigualdade socioespacial do país. Estas áreas são caracterizadas pela insuficiência de infraestrutura, serviços e proteção ambiental, além da insegurança jurídica da posse.