Donald Trump anunciou um acordo histórico com o presidente chinês Xi Jinping que permitirá à Nvidia exportar semicondutores avançados de inteligência artificial (IA) para a China. Esta decisão representa uma mudança significativa na política americana de exportação de chips avançados, que havia sido fortemente restringida durante o governo Biden por questões de segurança nacional.
A medida, anunciada por Trump através da rede Truth Social, estabelece que a Nvidia poderá enviar suas unidades de processamento gráfico (GPUs) H200 para “clientes aprovados na China e em outros países, sob condições que garantam uma segurança nacional sólida”. Como parte do acordo, será aplicada uma taxa de 25% sobre as vendas.
* O novo regulamento permitirá a exportação das GPUs H200 da Nvidia, que estão aproximadamente 18 meses atrás das tecnologias mais avançadas da empresa
* Os chips mais avançados da Nvidia, incluindo a série Blackwell e os futuros processadores Rubin, permanecerão exclusivos para clientes americanos
* O Departamento de Comércio dos Estados Unidos está finalizando os detalhes para implementação da medida, que também se aplicará a outras empresas como AMD e Intel
* A decisão inclui um mecanismo de pagamento de 25% aos Estados Unidos, embora os detalhes específicos não tenham sido divulgados
* A Nvidia manifestou apoio à decisão através de um porta-voz, destacando o benefício para empregos bem remunerados e a produção no país
* Senadores democratas criticaram fortemente a medida, classificando-a como um “erro econômico e de segurança nacional de grandes proporções”
* O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, manifestou-se de forma positiva, embora sem confirmar explicitamente o acordo
Trump criticou a política anterior de Biden, que exigia que fabricantes criassem versões menos potentes de chips para o mercado chinês, argumentando que isso prejudicava a inovação e os trabalhadores americanos.
Especialistas do setor apresentam visões divergentes sobre o impacto da medida. Alex Stapp, do Institute for Progress, considera a decisão problemática, destacando que as unidades H200 são significativamente mais potentes que os modelos anteriormente autorizados. Por outro lado, Zhang Yi, da iiMedia, sugere que a medida pode acelerar o desenvolvimento de chips próprios pela China, especialmente considerando a taxa de 25% que elevará os custos para empresas chinesas.