Em sua primeira aparição pública após ser anunciado por Jair Bolsonaro como candidato à Presidência da República em 2026, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez declarações significativas neste domingo (7), após um culto na Igreja Comunidade das Nações, em Brasília. O parlamentar surpreendeu ao indicar que sua candidatura pode ser negociável, além de tecer críticas ao governo atual e ao Judiciário.
Durante seu pronunciamento, Flávio Bolsonaro apresentou-se como uma alternativa política diferenciada, prometendo mostrar um “Bolsonaro mais centrado”. O senador destacou que possui conhecimento sobre a política e Brasília, enfatizando seu objetivo de promover a pacificação do país.
* Sobre sua possível desistência, o senador afirmou: “Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho um preço para isso, só que eu só vou falar amanhã”, mantendo em suspense as condições para sua eventual retirada da disputa.
* Criticou o atual governo federal, acusando-o de usar a máquina pública para perseguir opositores e alimentar discórdia, afirmando que “o Brasil não suportaria mais quatro anos sob o comando do atual governo”.
* Abordou a situação de seu pai, Jair Bolsonaro, mencionando não ter contato com ele desde terça-feira (2), devido a restrições de comunicação.
* Negou possível divisão na direita, elogiando especialmente o governador Tarcísio de Freitas: “Para mim, o Tarcísio é o principal cara do nosso time hoje”.
Em relação à articulação política, Flávio Bolsonaro confirmou que pretende iniciar diálogos com lideranças do Centrão, citando nomes como Valdemar, Rueda, Ciro Nogueira, Rogério Marinho e Marcos Pereira. “Vem com quem vai ganhar. Esse é o momento de mostrar quem é leal ao Brasil”, declarou.
O senador também abordou questões econômicas e sociais, defendendo a responsabilidade fiscal e mencionando a necessidade de apoio aos beneficiários de programas sociais, mas ressaltando a importância de promover independência econômica da população.
Ao finalizar sua fala, utilizou uma metáfora religiosa para definir seu papel político: “Você não vê inseto indo para uma luz apagada. Você vê indo na luz que brilha, porque a luz incomoda, expõe, tira das trevas. É isso que eu quero fazer. O Brasil precisa de uma quimioterapia forte para voltar a respirar.”