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O sistema prisional de Minas Gerais enfrenta uma grave crise com o aumento significativo no número de mortes de detentos. Em 2025, mais de 130 pessoas privadas de liberdade perderam suas vidas dentro das unidades prisionais do estado, representando um crescimento de 16% em relação ao ano anterior e triplicando os números registrados em 2021.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), obtidos via Lei de Acesso à Informação, as principais causas das 132 mortes registradas até 15 de novembro são:
* 52 casos de suicídio
* 49 mortes por causas naturais
* 26 mortes provocadas por terceiros
* 5 casos considerados acidentais
A superlotação é apontada como um dos principais fatores para o aumento da mortalidade. O sistema prisional mineiro apresenta um déficit de 27,3 mil vagas, com capacidade para 46,5 mil detentos, mas abrigando atualmente 73,9 mil pessoas.
O Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, exemplifica a gravidade da situação, com mais de 20 mortes registradas em 2025 e uma população carcerária que excede o dobro de sua capacidade: são 2.007 presos para 1.047 vagas.
O déficit de policiais penais também contribui para o agravamento da situação. Jefferson Marcelo Gonçalves de Souza, presidente do Sindpenal, destaca: “Os policiais penais estão trabalhando o dobro do que deveriam. O servidor está adoecido, é muita pressão, muita violência”. As informações são do G1.
As condições das unidades prisionais são outro fator preocupante. Dados do CNJ revelam que 66,2% dos estabelecimentos prisionais de MG estão em condições regulares, ruins ou péssimas, favorecendo o adoecimento físico e mental dos detentos.
