O Centrão, importante bloco político do Congresso Nacional, demonstrou não apoiar o Projeto de Lei (PL) 2162/2023, que propõe anistia ampla, geral e irrestrita aos condenados na trama golpista, sinalizando uma mudança significativa no cenário político brasileiro.
Apesar do projeto ter recebido 311 votos para tramitação em regime de urgência em setembro, o Centrão tem se distanciado da proposta. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que inicialmente pautou a urgência como forma de pressionar o governo Lula, agora articula outras prioridades políticas.
* O Centrão, sob liderança de Hugo Motta, consolida um bloco parlamentar com 275 deputados, excluindo deliberadamente o PT e o PL
* O grupo trabalha na construção de uma chapa presidencial liderada por Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo
* O governador Romeu Zema (Novo) busca se posicionar como possível vice nesta articulação
Paulinho da Força, relator do projeto de dosimetria, tem manifestado publicamente que Hugo Motta aguarda contato do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para estabelecer um acordo sobre o projeto de redução de penas. No entanto, as negociações encontram obstáculos devido à intenção dos bolsonaristas de incluir Jair Bolsonaro no pacote de benefícios.
A articulação em andamento entre as lideranças do Centrão prevê a aprovação do projeto de redução das penas ainda em 2026, sem emendas e sem contemplar a anistia ampla inicialmente proposta.