O Índice Bovespa (Ibovespa) alcançou novos recordes históricos nesta quarta-feira (4), ultrapassando os 164 mil pontos, impulsionado pela divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) pelo IBGE, que apresentou crescimento mais modesto que o esperado no terceiro trimestre.
O mercado reagiu positivamente à desaceleração do PIB, que registrou avanço de apenas 0,1%, abaixo da expectativa de 0,2% projetada pelo mercado financeiro. Esta performance econômica mais contida foi interpretada como um reflexo da política monetária restritiva em vigor.
* Por volta das 15h, o Ibovespa apresentava alta de 1,16%, atingindo 163.625,94 pontos, após ter alcançado máxima histórica de 164.391,16 pontos às 12h30
* O dólar manteve-se praticamente estável, com leve queda de 0,06%, cotado a R$ 5,30, tendo chegado a R$ 5,28 na mínima do dia
* O resultado do PIB mostrou desaceleração significativa no setor de serviços, fortalecendo expectativas de possíveis cortes na taxa Selic
As principais empresas listadas na B3 responderam positivamente ao cenário. Vale, Itaú Unibanco e Bradesco registraram valorizações superiores a 1%. A Petrobras, embora tenha iniciado o dia com alta superior a 1%, perdeu força ao longo do pregão.
O analista de inteligência de mercado da StoneX, Leonel Mattos, destacou que “Embora o Banco Central sinalize preocupação com a dinâmica inflacionária brasileira, o enfraquecimento da atividade produtiva pode favorecer uma decisão de antecipar o início do ciclo de cortes para a taxa básica de juros (Selic)”.
A taxa Selic permanece em 15% ao ano, como parte da estratégia para conter o consumo e direcionar a inflação para a meta de 3%. O IPCA acumula alta de 4,68% nos últimos 12 meses, ainda acima do objetivo estabelecido.