A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS decidiu rejeitar, nesta quinta-feira (4), o requerimento que solicitava a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pedido foi apresentado pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), mas não obteve apoio suficiente para ser aprovado.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI, havia anteriormente demonstrado interesse em incluir Lulinha na pauta das investigações. No entanto, a maioria dos membros da comissão entendeu que não existia conexão direta entre o empresário e o foco principal da investigação, que se concentra em fraudes e irregularidades em empréstimos consignados do INSS.
O partido Novo fundamentou seu pedido alegando que levantamentos financeiros em análise pela comissão indicariam possíveis ligações entre operadores envolvidos nas fraudes e pessoas próximas a Lulinha. Além disso, mencionaram casos envolvendo aliados do PT que teriam recebido recursos de empresas sob investigação.
Na mesma sessão, a CPMI aprovou por votação simbólica outras convocações importantes, incluindo o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o proprietário do Banco Master, Daniel Vorcaro. A comissão também autorizou diversos pedidos de informação a órgãos como INSS, Controladoria-Geral da União, Dataprev e Conselho Nacional de Previdência Social.
Adicionalmente, foi aprovada a solicitação de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) para investigar o fluxo de recursos e identificar possíveis responsabilidades administrativas e financeiras nas irregularidades investigadas.