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O presidente ucraniano Volodimir Zelensky participa de intensas negociações em Berlim com enviados dos Estados Unidos e líderes europeus, buscando estabelecer um plano para encerrar o conflito com a Rússia. As discussões se concentram em questões territoriais cruciais e garantias de segurança para a Ucrânia.
Uma delegação ucraniana, liderada por Zelensky, manteve uma reunião que se estendeu por mais de cinco horas no domingo com Steve Witkoff, enviado especial do presidente americano Donald Trump, e Jared Kushner. Witkoff relatou na rede X que foram alcançados “grandes avanços”, com nova rodada de conversas programada para segunda-feira.
* O Kremlin manifestou interesse em ser informado sobre os resultados dos diálogos, destacando que a não adesão da Ucrânia à Otan é considerada uma “pedra angular” das negociações
* As reuniões acontecem sob forte esquema de segurança na Chancelaria alemã, onde está previsto um jantar com Zelensky, líderes europeus e representantes da Otan e União Europeia
* Questões fundamentais permanecem em aberto, incluindo possíveis concessões territoriais ucranianas e garantias de segurança exigidas por Kiev
Antes de sua chegada à Alemanha, Zelensky expressou sua expectativa de que os Estados Unidos apoiem a manutenção da atual linha de frente, rejeitando a exigência russa de ceder toda a região do Donbass. “A opção mais justa é que as coisas permaneçam como estão”, declarou aos jornalistas.
Os negociadores americanos mantêm a posição de que a Ucrânia deve se retirar da região do Donbass, algo que Kiev rejeita categoricamente. “É muito surpreendente que os americanos estejam adotando a posição russa sobre essa questão”, afirmou a fonte.
Paralelamente, a União Europeia trabalha em um plano de financiamento para a Ucrânia, considerando o uso de ativos russos congelados. A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, admitiu as dificuldades nas negociações, mas ressaltou que continuam trabalhando para alcançar um acordo nos próximos dias.
As negociações em Berlim representam um momento crucial para o futuro da Ucrânia e a estabilidade da região, com diferentes atores internacionais buscando um consenso que possa levar ao fim do conflito iniciado em fevereiro de 2022.
