Salário mínimo tem aumento de R$ 103, mas fica abaixo da previsão inicial do governo

Salário mínimo tem aumento de R$ 103, mas fica abaixo da previsão inicial do governo

Novo valor representa aumento de R$ 103 em relação ao piso atual de R$ 1.518, considerando inflação de 4,18% e crescimento real de 2,5%

O salário mínimo nacional será reajustado para R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026, representando um aumento de R$ 103 em relação ao valor atual de R$ 1.518. O novo valor ficou abaixo tanto da previsão inicial do Orçamento de 2026 (R$ 1.631) quanto da estimativa do governo divulgada em novembro (R$ 1.627), devido à inflação menor que a esperada.

Para entrar em vigor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisará oficializar o novo valor através de decreto presidencial. O reajuste beneficiará trabalhadores que recebem o piso nacional e beneficiários de programas vinculados ao salário mínimo, como seguro-desemprego e Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Como foi calculado o novo valor

* O cálculo considerou a inflação medida pelo INPC em 12 meses até novembro, que foi de 4,18%
* Além da correção inflacionária, foi aplicado um aumento real de 2,5%, limite estabelecido pela lei do novo arcabouço fiscal
* O valor final ficou menor que o previsto inicialmente devido à inflação ter sido menor que a projetada

Impacto nas contas públicas

* Cada R$ 1 de aumento no salário mínimo gera uma despesa adicional de aproximadamente R$ 420 milhões em 2026
* O reajuste total de R$ 103 resultará em um impacto de cerca de R$ 43,2 bilhões nas despesas obrigatórias
* Este aumento afetará a disponibilidade de recursos para gastos discricionários do governo

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve como referência para 59,9 milhões de pessoas no Brasil. O instituto calcula que o valor ideal para manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido R$ 7.067,18 em novembro de 2023.

A Constituição Federal determina que o salário mínimo deve ser suficiente para atender às necessidades básicas do trabalhador e sua família, incluindo moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. O reajuste atual segue a política de valorização implementada pelo governo Lula, que prevê aumentos acima da inflação, diferentemente dos governos anteriores que aplicavam apenas a correção inflacionária.

O novo valor entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026, com os pagamentos reajustados sendo realizados a partir de fevereiro para todos os beneficiários.

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