O Aeroporto Santos Dumont será alvo de uma flexibilização no limite de passageiros, conforme anunciado pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. A medida prevê um aumento gradual do atual teto de 6,5 milhões para 8 milhões de passageiros anuais até 2026, gerando debates sobre o equilíbrio aeroportuário no Rio de Janeiro.
O prefeito Eduardo Paes anunciou que participará de uma reunião com o ministro na segunda semana de janeiro para discutir o impasse. “Conversei com o ministro, que sempre foi um aliado na coordenação dos aeroportos do Rio e implementou as medidas que fortaleceram o Galeão e ampliaram a malha de voos do nosso estado”, declarou Paes.
* O limite de 6,5 milhões de passageiros foi estabelecido em 2023 e implementado em 2024, após acordo entre Prefeitura do Rio, governo federal e TCU
* Dados mostram crescimento de 23% no movimento total dos aeroportos do Rio em dois anos
* O Galeão mais que dobrou seu fluxo de passageiros, saltando de 6,8 milhões para 16,1 milhões
* O Santos Dumont reduziu pela metade seu movimento, passando de 10,9 milhões para 5,7 milhões de passageiros
* O ministro Costa Filho afirma que o aumento não afetará as operações do Galeão
* A Prefeitura do Rio, Fecomércio e Firjan alertam para riscos de desequilíbrio no sistema aeroportuário
* Especialistas destacam que o modelo atual trouxe benefícios econômicos e aumento na movimentação de cargas
* A Embratur registrou crescimento de 65% no número de turistas estrangeiros no Rio
O setor aéreo apresenta posicionamentos diversos sobre a mudança. A Gol defende o modelo atual, argumentando que ele aumenta a conectividade aérea e impulsiona negócios e turismo. Outras companhias aéreas, incluindo a Latam, não se manifestaram sobre o tema.
Caso a restrição atual seja mantida, a nova concessionária do Galeão deverá compensar financeiramente a União pelo benefício econômico gerado pela limitação ao Santos Dumont, conforme previsto no acordo aprovado pelo TCU.