A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou otimismo nesta sexta-feira, 19, sobre a possibilidade de finalizar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul em janeiro, mesmo após o adiamento da assinatura prevista para 20 de janeiro devido a protestos de agricultores europeus.
Von der Leyen demonstrou confiança em conseguir a maioria qualificada necessária para a aprovação do acordo, que requer o apoio de 15 países representando 65% da população europeia. O tratado, em negociação há 26 anos, tem potencial para criar a maior zona de livre comércio do mundo.
* A presidente da Comissão Europeia declarou durante coletiva de imprensa: “Estou confiante de que teremos a maioria necessária”, destacando a importância estratégica do acordo para ambos os blocos econômicos.
* O presidente francês Emmanuel Macron manifestou cautela, indicando ser “muito cedo” para determinar se a França apoiará o acordo em janeiro, embora tenha expressado esperança nos avanços das negociações.
* Macron enfatizou a necessidade de implementação das mudanças exigidas pela França para alterar a “natureza do texto”, refletindo as preocupações dos agricultores franceses e italianos.
O acordo prevê benefícios mútuos: a UE poderia exportar veículos e máquinas para os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), enquanto o bloco sul-americano teria acesso facilitado ao mercado europeu para produtos como carne, arroz, mel e soja.
A resistência ao acordo vem principalmente dos agricultores europeus, que temem a competitividade dos produtos sul-americanos devido aos diferentes padrões de produção. Para derrubar o acordo, seria necessário o voto contrário de países que representem 35% da população europeia.