Uma pesquisa abrangente realizada pelo Projeto Brief com 1,8 mil pais e mães brasileiros revelou um consenso significativo sobre a necessidade de proteger crianças e adolescentes no ambiente digital, transcendendo barreiras ideológicas e políticas. O estudo, divulgado nesta quinta-feira, 11, demonstra que aproximadamente 80% dos entrevistados defendem a implementação de regras para minimizar riscos nas redes sociais.
O apoio à regulamentação das redes sociais demonstrou uma rara unanimidade em um país marcado pela polarização, com 90% dos eleitores de Lula e 73% dos eleitores de Jair Bolsonaro manifestando-se favoráveis à criação de normas protetivas.
* Apenas 37% dos pais e responsáveis afirmam dominar o uso de ferramentas de controle parental
* 45% conhecem estas ferramentas mas não as utilizam
* 18% nunca tiveram contato com recursos de controle parental
* 47% das crianças até 12 anos possuem celular próprio, majoritariamente sem supervisão sistemática
* 46% dos responsáveis relatam que seus filhos apresentam sintomas como ansiedade, irritabilidade ou problemas de concentração relacionados ao uso excessivo de telas
* 8% das famílias reportaram casos de assédio ou abuso digital
* Entre meninas de 13 a 15 anos, os casos de assédio ou abuso digital dobram, atingindo 16%
A pesquisa também estabeleceu uma hierarquia de responsabilidades pela segurança infantil online, identificando pais e mães como principais responsáveis, seguidos por plataformas digitais, governo, influenciadores e escolas, respectivamente.