MP denuncia analista da Polícia Civil por desvio de armas e dinheiro em delegacia de BH

MP denuncia analista da Polícia Civil por desvio de armas e dinheiro em delegacia de BH

Servidora é acusada de peculato após sumiço de cerca de 200 armas e valores da 1ª DP do Barreiro; defesa contesta investigação e pede revogação da prisão preventiva

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncia contra Vanessa de Lima Figueiredo, analista da Polícia Civil, por crime de peculato. A servidora é acusada de desviar aproximadamente 200 armas de fogo, valores em dinheiro e outros objetos da 1ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro, em Belo Horizonte.

Os fatos ocorreram entre 20 e 29 de outubro de 2025, período em que Vanessa de Lima Figueiredo era responsável pelo setor de protocolo e pela sala de guarda de materiais apreendidos. Um inventário realizado revelou o desaparecimento dos itens, incluindo um invólucro que deveria conter R$ 1.908, encontrado violado e vazio.

Evidências do crime

* Câmeras de segurança registraram Vanessa de Lima Figueiredo entrando e saindo da delegacia com sacolas e bolsas grandes nos dias 20, 22, 24 e 29 de outubro, coincidindo com movimentações suspeitas de veículos.

* As imagens mostram um homem não identificado mexendo no porta-malas do carro utilizado pela servidora, retirando uma bolsa e colocando em um veículo branco.

* A investigação apontou que a servidora era a única detentora da chave da sala de acautelamento e responsável pelo registro dos materiais no sistema eletrônico.

O MPMG também identificou indícios de padrão de vida incompatível com a renda da servidora, incluindo viagens internacionais, aquisição de bens de alto valor e realização de cirurgias plásticas nos últimos anos.

A defesa de Vanessa de Lima Figueiredo solicitou a revogação da prisão preventiva, alegando ausência dos requisitos legais e fragilidade das provas. O advogado argumenta que a servidora é primária, possui residência fixa e vínculo estável, além de contestar que o indiciamento se baseia apenas em declarações de policiais que também tinham responsabilidade sobre os bens desaparecidos.

Se a denúncia for aceita pela Justiça, a servidora responderá a processo criminal, podendo enfrentar pena de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa pelo crime de peculato.

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