MP denuncia 57 pessoas ligadas ao PCC por lavagem de dinheiro em GO e TO

MP denuncia 57 pessoas ligadas ao PCC por lavagem de dinheiro em GO e TO

Ministério Público denuncia 57 pessoas ligadas ao PCC por esquema de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas em Goiás e Tocantins

O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou 57 pessoas vinculadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) por participação em um esquema de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas que movimentou R$ 14 milhões. As operações criminosas ocorreram entre julho de 2023 e maio de 2024, abrangendo diversas cidades de Goiás e Tocantins.

A denúncia é resultado da Operação Corrosão, deflagrada em setembro de 2025, que identificou mais de 3 mil transações financeiras suspeitas. Durante a operação, foram apreendidos mais de 35 kg de drogas e R$ 234 mil em espécie.

Principais envolvidos e suas funções

* Francielly Coelho de Paiva foi identificada como a principal operadora financeira da organização. Presa pela Interpol em Portugal e deportada para o Brasil, ela era responsável por receber, distribuir e ocultar valores do tráfico através de transferências bancárias fracionadas.

* Nilsomar Danilo Gomes, conhecido como “Tenebroso”, coordenava as atividades mesmo de dentro do sistema prisional, exercendo papel de liderança na facção.

* Pedro Henrique Pascoal dos Santos, apelidado de “Maresia”, era responsável pela coordenação da distribuição de drogas em Goiás e pela atribuição de funções aos demais integrantes.

* John Kley Pascoal de Souza, conhecido como “Bozo” ou “Nego Bozo”, também foi apontado como um dos principais articuladores do esquema.

Esquema de lavagem de dinheiro

A organização utilizava empresas de fachada para ocultar os valores obtidos ilegalmente. Um exemplo citado na denúncia é a empresa “Dr. Exame Araguaína”, que movimentou mais de R$ 25 milhões em apenas dois meses.

Os denunciados responderão por diversos crimes, incluindo organização criminosa armada, tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, uso de documento falso e obstrução de investigação.

A denúncia foi encaminhada à Segunda Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores da Comarca de Goiânia. O caso está relacionado a outras operações anteriores, como a Operação Ferrolho e a Operação Portokali, demonstrando um trabalho contínuo das autoridades no combate ao crime organizado na região.

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