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Um motorista de van escolar de 29 anos foi preso na quarta-feira (3) após ser acusado de abusar sexualmente de pelo menos seis meninas em São José da Lapa e Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As vítimas, com idades entre 11 e 15 anos, eram passageiras do transporte escolar operado pela empresa familiar do suspeito.
Segundo investigações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o suspeito aproveitava-se de sua posição como motorista para cometer os abusos durante o trajeto escolar. O esquema criminoso seguia um padrão específico:
* O motorista solicitava que as meninas se sentassem no banco dianteiro do veículo
* Quando havia menos alunos na van, ele realizava toques íntimos nas vítimas
* O suspeito também pedia que as meninas tocassem em suas partes íntimas
* Uma das vítimas relatou que o acusado mostrou fotografias de seu órgão genital
* As meninas eram coagidas a manter silêncio sobre os abusos
Após as denúncias virem à tona, o suspeito tentou intimidar as vítimas, chegando a se passar por advogado ao telefonar para algumas delas, propondo acordos financeiros. Em uma tentativa de desacreditar as acusações, registrou uma ocorrência de calúnia contra os pais das vítimas.
O caso ganhou complexidade adicional devido ao status social do acusado na comunidade. Filho de um pastor fundador de uma igreja local, falecido no início do ano, o suspeito ocupava a posição de sócio diretor e líder de casais na mesma instituição religiosa. Esta influência social chegou a fazer com que algumas famílias duvidassem dos relatos das vítimas, considerando-os “exageros” devido à reputação “tradicional” da família.
A PCMG informou que pelo menos três outras possíveis vítimas hesitaram em prestar depoimento, intimidadas pelo “poder aquisitivo da família” e sua influência religiosa na região de São José da Lapa.
A investigação continua em andamento para identificar possíveis outras vítimas e garantir que o suspeito responda pelos crimes cometidos.
