A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, está prestes a deixar a Rede Sustentabilidade devido a divergências com a deputada federal Heloísa Helena (RJ). Neste cenário, o PSOL entrou na disputa para filiar a ministra, com o objetivo de lançá-la como candidata ao Senado por São Paulo. No entanto, PT e PSB também demonstram interesse em ter Marina Silva em seus quadros.
Marina Silva possui uma extensa trajetória política em diferentes legendas. No PT, atuou como senadora pelo Acre e ministra do Meio Ambiente durante os dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pelo PSB, conquistou o terceiro lugar na disputa presidencial de 2014, período em que tentava registrar a Rede Sustentabilidade junto com Heloísa Helena.
* O ministro da Secretaria-Geral, Guilherme Boulos, recém-chegado à Esplanada, é um dos principais articuladores da aproximação de Marina Silva com o PSOL
* O ex-presidente do PSOL, Juliano Medeiros, também foi designado para tentar convencer a ministra a ingressar no partido
* A possível filiação faz parte de uma estratégia do PSOL para aumentar sua relevância nacional, que inclui o lançamento de candidaturas conhecidas ao Senado
* Pesquisa do Instituto Real Time Big Data, divulgada em 2 de dezembro, mostra Marina Silva em terceiro lugar
* No levantamento, Fernando Haddad aparece com 19%, seguido por Guilherme Derrite com 18%, Marina Silva com 12%, e Coronel Mello Araújo e Ricardo Salles empatados com 11%
* A indefinição sobre a disputa pelo Senado em São Paulo tem impactado a movimentação partidária da ministra
A saída de Marina Silva da Rede Sustentabilidade tornou-se iminente após sua derrota na eleição interna do partido para o grupo de Heloísa Helena, quando Paulo Lamac foi eleito novo porta-voz da legenda. A tentativa de judicialização do processo eleitoral pela ala de Marina não obteve sucesso.
Além de Marina Silva, outros nomes são cotados para a disputa ao Senado por São Paulo, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e existe a possibilidade da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), transferir seu domicílio eleitoral para concorrer pelo estado.