O presidente francês Emmanuel Macron realizou uma importante visita diplomática à China nesta quinta-feira (4), onde se encontrou com o presidente Xi Jinping para discutir questões cruciais sobre a guerra na Ucrânia e desequilíbrios comerciais entre os países.
Durante o encontro em Pequim, Macron enfatizou a necessidade de cooperação chinesa em duas frentes principais: o fim do conflito na Ucrânia e a correção dos desequilíbrios nas relações comerciais bilaterais. Xi Jinping, por sua vez, manifestou interesse em desenvolver relações econômicas equilibradas, mantendo uma postura cautelosa em relação ao conflito ucraniano.
* O encontro aconteceu no monumental Grande Salão do Povo, onde os presidentes, acompanhados de suas respectivas primeiras-damas, Brigitte Macron e Peng Liyuan, participaram de cerimônias protocolares, incluindo a execução dos hinos nacionais.
* Xi Jinping declarou: “A China apoia todos os esforços pela paz e continuará desempenhando um papel construtivo para encontrar uma solução para a crise”. No entanto, ressaltou que “opõe-se de modo veemente a qualquer tentativa irresponsável de culpar ou difamar alguém”.
* Em coletiva de imprensa conjunta, Macron revelou ter “conversado longa e profundamente” sobre a situação na Ucrânia, caracterizando-a como “uma ameaça vital para a segurança europeia”.
A delegação francesa incluiu 35 executivos de grandes empresas como Airbus, EDF e Danone, resultando na assinatura de diversos contratos comerciais. Os países firmaram uma carta de intenções visando promover relações econômicas mais equilibradas, considerando o significativo déficit comercial de 357,1 bilhões de dólares desfavorável à União Europeia.
A visita, que marca o quarto encontro de Estado de Macron à China desde 2017, continuará em Chengdu, onde os casais presidenciais se reunirão em um ambiente mais informal, incluindo discussões sobre a “diplomacia dos pandas”.