O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou seu interesse em ter o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como candidato ao governo de Minas Gerais nas eleições de 2026. A declaração vem após o presidente não ter escolhido o parlamentar para a vaga no Supremo Tribunal Federal.
Em entrevista à TV Alterosa, em Minas Gerais, Lula demonstrou persistência em seu objetivo político para o estado. “Eu não tenho pressa, quem tem pressa come cru. Não perdi a esperança de que o Pacheco será candidato a governador. Se ele não quiser mesmo, vamos trabalhar outras pessoas”, afirmou o presidente.
O cenário político apresenta alguns pontos importantes:
* Antes da indicação de Jorge Messias ao STF, Pacheco havia sinalizado em conversa com Lula que não tinha intenção de disputar o Palácio Tiradentes, indicando necessidade de consultar seu grupo político
* Lula expressou sua admiração pelo senador: “Aprendi a gostar do Pacheco, ele hoje é maior personalidade pública de MG desse país. Está talhado a assumir essa tarefa”
* O presidente revelou ter feito um apelo direto ao senador: “Cara, estou te pedindo para me ajudar a ganhar eleição para presidente da república. Você será governador do segundo maior estado desse país. Você pode fazer a diferença nesse processo”
Durante a entrevista, Lula também respondeu às críticas do atual governador Romeu Zema (Novo), destacando o papel fundamental de Pacheco na aprovação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). O programa foi crucial para refinanciar o passivo de diversos estados, incluindo Minas Gerais, junto à União.
“Quando ele (Zema) diz que o meu governo é uma bomba relógio, ele deve estar olhando é para o governo dele. (…) Passou oito anos sem pagar dívida e quem fez um acordo para resolver o problema da dívida de Minas fomos nós. E aí, outra vez, com a ajuda do (senador Rodrigo) Pacheco, que trabalhou muito para a gente fazer o Propag”, ressaltou o presidente.
O presidente enfatizou que o Propag estabelece condições específicas para o uso dos recursos economizados com a redução de juros, determinando investimentos em cursos profissionalizantes no estado.