A Agência Meteorológica do Japão (JMA) anunciou a suspensão do alerta de tsunami que havia sido emitido nesta sexta-feira (12) após um terremoto de magnitude 6,7 atingir a região norte do arquipélago japonês. O alerta preventivo havia sido ativado para ondas de até um metro de altura na costa norte do Pacífico.
O novo tremor ocorreu poucos dias após outro terremoto de magnitude 7,5 ter afetado a mesma região, causando ferimentos em pelo menos 50 pessoas. De acordo com a JMA, foram registradas apenas duas ondas de pequena amplitude:
* Uma onda de 20 centímetros foi detectada às 3h35 GMT (00h55 no horário de Brasília) na cidade de Erimo, localizada na ilha de Hokkaido
* Três minutos depois, outra onda de mesma amplitude foi registrada na região de Aomori
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) confirmou que o terremoto teve seu epicentro a 130 quilômetros da cidade de Kuji, na província de Iwate, ilha de Honshu. Segundo a emissora pública NHK, a intensidade dos tremores foi menor em comparação ao abalo sísmico do início da semana, que havia causado danos materiais mais significativos, incluindo queda de objetos, danos em estradas e janelas quebradas.
A Autoridade de Regulação Nuclear do Japão informou que não foram detectadas anomalias nas instalações nucleares da região. Vale ressaltar que a área ainda carrega a memória do devastador terremoto submarino de magnitude 9,0 ocorrido em 2011, que provocou um tsunami com saldo de aproximadamente 18.500 pessoas entre mortos e desaparecidos.
O Japão, que abriga cerca de 125 milhões de habitantes, está localizado sobre quatro grandes placas tectônicas, na borda oeste do Anel de Fogo do Pacífico. Esta característica geológica faz do país um dos mais ativos sismicamente no mundo, registrando aproximadamente 1.500 terremotos anualmente, embora a maioria seja de baixa magnitude.