A Justiça italiana adiou a decisão sobre a extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e solicitou ao governo brasileiro informações detalhadas sobre as condições de segurança do sistema prisional. O objetivo é assegurar que não haverá riscos à vida da parlamentar caso seja transferida para cumprir pena no Brasil.
A deputada, que está detida desde julho na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos de prisão por sua participação na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça e inclusão de documentos falsos em 2023.
A unidade prisional italiana onde Carla Zambelli está detida é conhecida por abrigar presas ligadas ao crime organizado e enfrenta problemas de superlotação. Segundo dados recentes, o local mantém 369 detentas, embora tenha capacidade para apenas 272 pessoas.
O advogado de defesa, Fábio Pagnozzi, busca impedir a extradição alegando que a deputada possui comorbidades. Como alternativa, solicita que, caso permaneça na Itália, Zambelli possa cumprir a pena em regime domiciliar.
A Corte de Apelação da Itália remarcou a definição do caso para 18 de dezembro, aguardando as informações solicitadas ao governo brasileiro sobre as condições de custódia e proteção que serão oferecidas à parlamentar.