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Israel anunciou nesta quarta-feira a reabertura da passagem de Rafah, ponto de fronteira entre Gaza e Egito, permitindo que palestinos deixam a região “nos próximos dias”. A medida, que faz parte do plano de paz desenvolvido pelos Estados Unidos, será implementada em coordenação com autoridades egípcias e da União Europeia.
A situação é especialmente crítica considerando que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 16,5 mil pessoas doentes e feridas necessitam deixar Gaza para receber atendimento médico adequado.
O cronograma inicial previa a abertura de Rafah em 14 de outubro, logo após o início do cessar-fogo, mas o plano sofreu atrasos. Em maio de 2024, as forças israelenses assumiram o controle do lado palestino da fronteira, justificando a ação com alegações de que a passagem estava sendo “usada para fins terroristas” e como rota de entrada de armamentos.
Uma breve abertura da passagem de Rafah ocorreu em janeiro, quando Israel permitiu a saída de pessoas autorizadas e a entrada de caminhões com ajuda humanitária no território palestino.
Em comunicado paralelo, as autoridades israelenses informaram que os restos mortais devolvidos pelo Hamas não correspondem aos dos dois reféns que ainda permanecem em Gaza, uma revelação que pode ameaçar a continuidade do cessar-fogo atual.
O Hamas, por sua vez, alega dificuldades em localizar os restos mortais em meio aos escombros da Faixa de Gaza, severamente devastada pela guerra, e afirma estar conduzindo novas buscas. A conclusão da primeira fase do plano está condicionada ao retorno dos dois reféns restantes.
