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Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, respondeu hoje às críticas feitas por Arthur Lira, seu antecessor e padrinho político, que classificou sua gestão como uma “esculhambação”. A tensão entre os dois políticos se intensificou após a condução de um processo envolvendo o deputado Glauber Braga.
Em um café com jornalistas realizado nesta sexta-feira (19), Motta manteve a postura diplomática ao abordar as críticas recebidas. “Não concordo com as críticas, eu também não sei se foi tirado de contexto o que ele disse. Sigo com muita tranquilidade fazendo o que eu entendo que é certo. É natural que haja discordância, cada um tem seu estilo, sua forma de agir, se comportar, sua maneira de tomar decisão”, declarou.
O embate teve origem após Motta pautar um processo que poderia resultar na cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). No entanto, o resultado não foi o esperado: Braga conseguiu manter seu mandato, recebendo apenas uma suspensão de seis meses. Esta decisão foi interpretada nos bastidores como uma derrota tanto para Motta quanto para Lira, sendo este último um conhecido desafeto de Braga.
A situação se agravou quando Lira, em mensagens enviadas a aliados em um grupo de WhatsApp da bancada do PP, criticou duramente a gestão atual da Câmara, afirmando que Motta “está perdido e foi humilhado”. O episódio evidencia as crescentes tensões entre o atual presidente da Câmara e seu antecessor, que havia sido seu apoiador durante a eleição para o comando da Casa.
