Néiser Villarreal é daqueles reforços que mudam patamar. A eficiência do scout celeste e a visão de Jardim pavimentam o elenco que quer brigar por títulos grandes em 2026
Tem coisas no futebol que passam na frente dos nossos olhos sem o barulho que mereciam. E, no caso do Cruzeiro, isso tem acontecido com uma naturalidade quase injusta. Enquanto muita gente debate troca de técnico, tabela, reforço pontual, a Raposa foi lá, trabalhou quietinha e colocou no bolso uma das maiores promessas do futebol sul-americano.
Sim, estou falando dele: Néiser Villarreal, atacante colombiano, artilheiro no Mundial Sub-20, autor de um hat-trick contra a badalada seleção espanhola, jogador disputado por metade da Europa. E que, curiosamente, já tinha um pré-contrato com o Cruzeiro antes do hype. É esse tipo de movimento silencioso que constrói times campeões.
A chegada de Villarreal é mais do que “boa contratação”. É sinal de projeto, daqueles que não dependem só de urgência de tabela. Um atacante de teto alto, físico privilegiado, leitura de jogo precoce e personalidade de protagonista. Tudo isso aos 19 anos.
E aí você olha ao redor e entende o cenário que está sendo construído: Matheus Pereira no auge técnico, Caio Jorge amadurecendo, jovens como Sinisterra e Arroyo encontrando espaço no futebol brasileiro. É como se o Cruzeiro tivesse decidido montar um laboratório de talentos premium… porém com pressa boa, com visão clara e com investimento.
O que mais impressiona? O Barcelona, sim, o Barcelona monitora Villarreal de perto. Atlético de Madrid, Parma e Porto também. Só que o Cruzeiro foi mais rápido. Mais estratégico. E mais ambicioso. Protegeu o jogador com uma multa pesada, porque sabe: esse é o tipo de atleta que, se explodir, paga o CT inteiro.
E tem mais: vínculo de cinco temporadas. Isso não é acaso, isso é planejamento de quem não quer ser só coadjuvante. A Raposa já figura entre os três melhores elencos do Brasil e, com as peças certas, disputa tudo o que estiver na mesa em 2026.
A gestão decidiu apostar em jogadores jovens, com potencial de revenda e impacto esportivo. E, ao mesmo tempo, dá tempo, dá minutagem, dá desenvolvimento. É o tipo de ideia que Palmeias e Flamengo transformaram em hegemonia.
O Cruzeiro está chegando nesse nível. E, se nada sair dos trilhos, vai incomodar e muito.
No fim das contas, a pergunta que fica é simples: a torcida celeste quer ver Villarreal brilhar no Mineirão por alguns anos… ou prefere aceitar uma fortuna europeia logo de cara?
A joia está aí. Lapidada metade no Mundial, metade no planejamento celeste.
Agora, é esperar o 2026 chegar. Porque, com esse reforço, o Cruzeiro joga o jogo grande.
E sem fazer alarde. Como quem sabe exatamente onde quer chegar.