Empresário acusado de matar gari em BH alega “guerra de facções” 

Empresário acusado de matar gari em BH alega “guerra de facções” 

Após confissão e novas negações, Renê Nogueira Júnior culpa facção do Cabana do Pai Tomás e acusa delegados de ameaça; Justiça aguarda alegações finais para decidir por júri popular

Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado pelo homicídio do gari Laudemir de Souza Fernandes em Belo Horizonte, apresentou nova versão sobre o caso, sugerindo que a morte estaria relacionada a uma “guerra de facções” no bairro Cabana do Pai Tomás. A declaração contradiz versões anteriores apresentadas pelo empresário desde sua prisão em agosto.

Em entrevista à TV Record, Renê da Silva Nogueira Júnior negou ter disparado contra os servidores da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e sugeriu que a Polícia Civil deveria investigar conflitos entre facções criminosas da região.

Cronologia das diferentes versões apresentadas pelo acusado:

* Inicialmente, Renê da Silva Nogueira Júnior negou ter estado no local do crime, mas câmeras de segurança registraram seu carro e ele guardando a arma de sua esposa, uma delegada da PCMG, em uma mochila.

* Em um segundo momento, confessou estar no local e ter disparado a arma da esposa, alegando que a portava para proteção por considerar a região perigosa.

* Durante audiência de instrução, mudou novamente sua versão, afirmando que sua confissão anterior foi feita sob ameaça de dois delegados da Polícia Civil.

* Na mais recente entrevista, sugeriu ser vítima de um “complô” entre testemunhas e investigadores, questionando inclusive a legitimidade do exame de balística.

O advogado Tiago Lenoir, que representa a família de Laudemir e atua como assistente de acusação, afirmou que as novas alegações de Renê “não possuem respaldo no processo e contrariam as provas produzidas em juízo”.

Renê da Silva Nogueira Júnior foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais por homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo, ameaça e fraude processual. A Justiça aguarda as alegações finais da defesa para decidir se o caso irá a júri popular.

A Polícia Civil de Minas Gerais, quando consultada, afirmou que o inquérito policial seguiu todos os preceitos constitucionais e legais vigentes, respeitando a ampla defesa e o contraditório do investigado.

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