A equipe de defesa do ex-presidente Bolsonaro divulgou neste domingo o resultado de exames de ultrassonografia realizados na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Os exames revelaram a presença de duas hérnias inguinais que, segundo os médicos, necessitam de correção cirúrgica como único tratamento definitivo.
Os exames foram realizados após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), com a presença da equipe médica na sede da PF. As hérnias inguinais, localizadas na região da virilha, na parte inferior do abdômen, são condições que podem resultar em dor e desconforto significativo para o paciente.
O Dr. Cláudio Birolini, médico responsável pelo acompanhamento clínico de Bolsonaro, confirmou a realização do ultrassom e informou que os resultados serão anexados a um pedido anterior já apresentado à Justiça. “Ele fez o ultrassom hoje e o resultado será anexado à solicitação que realizamos previamente, visando a autorização dos procedimentos”, declarou o médico.
O advogado João Henrique de Freitas, representante legal de Bolsonaro, reforçou que o procedimento cirúrgico é considerado pelos médicos como a única forma de tratamento definitivo para o quadro atual do ex-presidente.
Vale ressaltar que, até o momento da publicação desta notícia, os documentos e laudos médicos ainda não haviam sido anexados ao processo no Supremo. A equipe médica também esclareceu que não é responsável por perícias judiciais, função que compete ao Judiciário, conforme destacado pelo Dr. Birolini: “Não somos nós que realizamos a perícia”.
Atualmente, Bolsonaro encontra-se custodiado na Superintendência da Polícia Federal, cumprindo pena em regime inicial fechado após condenação pelo Supremo. É importante mencionar que a realização do exame não altera as condições da custódia nem representa qualquer tipo de benefício penal, servindo apenas como subsídio para análise do pedido apresentado pela defesa.