Cliente presa por injúria racial em bar de Lagoa Santa recebe liberdade provisória

Cliente presa por injúria racial em bar de Lagoa Santa recebe liberdade provisória

Mulher de 46 anos foi filmada dirigindo ofensas a funcionária; Justiça de MG impôs medidas como proibição de contato com a vítima e testemunhas

A Justiça de Minas Gerais concedeu liberdade provisória a Fernanda Oliveira Vieira, de 46 anos, que havia sido presa em flagrante por injúria racial contra uma funcionária de um estabelecimento em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O incidente ocorreu no último sábado (13), em um bar na orla da cidade.

O caso teve início quando Fernanda Oliveira Vieira demonstrou insatisfação com o atendimento recebido, especialmente em relação a uma bebida alcoólica. A situação rapidamente escalou para uma discussão com ofensas racistas direcionadas à funcionária do estabelecimento.

Sequência do incidente

* A cliente começou a discutir com a funcionária responsável pelo atendimento, proferindo diversos insultos racistas, incluindo termos como “neguinha”, “pretinha” e “macaca”

* Durante as ofensas, Fernanda Oliveira Vieira balançava seus cabelos loiros tingidos em direção à vítima, afirmando que esta teria “inveja porque era preta”

* A acusada, que exigia ser tratada como “doutora”, repetiu as ofensas na presença de outros funcionários e clientes do estabelecimento

* O comportamento gerou indignação generalizada e um princípio de tumulto, resultando na retirada da cliente do local sob protestos dos presentes

Desdobramentos legais

A Polícia Civil ratificou a prisão em flagrante de Fernanda Oliveira Vieira por injúria racial. No entanto, durante o plantão judicial de domingo (14), o juiz responsável, embora tenha homologado o flagrante, concedeu liberdade provisória à acusada.

A decisão judicial considerou que, por ser ré primária, medidas cautelares seriam suficientes para garantir o andamento do processo. Entre as condições impostas, destaca-se a proibição de qualquer contato com a vítima e testemunhas, seja pessoalmente ou por meios digitais.

A administração do bar, localizado na Avenida Getúlio Vargas, manifestou-se através das redes sociais, informando que acionou a polícia imediatamente após o ocorrido e está prestando apoio à funcionária. O estabelecimento reforçou seu compromisso contra discriminação e em favor do respeito entre clientes e colaboradores.

O descumprimento das medidas cautelares pode resultar na revogação do benefício e nova decretação de prisão para Fernanda Oliveira Vieira.

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