Anderson Braian Gonçalves Miranda, de 26 anos, foi executado a tiros na noite de Natal no Aglomerado da Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte. O principal suspeito de ordenar o crime é um traficante que está preso, ex-namorado da atual companheira da vítima.
O crime ocorreu na Vila Nossa Senhora do Rosário, na Rua Coronel Jorge Davis. O corpo foi encontrado pelo Grupo Especial de Policiamento em Áreas de Risco (Gepar) da Polícia Militar durante patrulhamento preventivo, após denúncia de moradoras que ouviram os disparos.
Segundo o laudo pericial da Polícia Civil, a vítima apresentava seis perfurações de projéteis, concentradas principalmente na região do crânio e membros superiores. O pai de Anderson Braian compareceu ao local para fazer o reconhecimento formal do corpo, que posteriormente foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML).
A principal linha de investigação aponta para um crime passional. Informações obtidas junto à comunidade indicam que a ordem para a execução teria partido de um detento, líder do tráfico local, que não aceitava o relacionamento de Anderson Braian com sua ex-namorada.
Equipes do Tático Móvel e do Gepar 7, do 22º Batalhão da Polícia Militar, realizaram buscas intensivas na região para localizar os executores do crime. Apesar do cerco policial e das diligências em pontos estratégicos da comunidade, nenhum suspeito foi capturado.
A Polícia Civil de Minas Gerais assumiu as investigações e trabalha para confirmar a ligação entre o suposto mandante encarcerado e os executores do crime. O caso também levanta questionamentos sobre a influência de detentos na criminalidade urbana e a eficácia das medidas de controle de comunicação no sistema prisional mineiro.
As áreas da Vila Nossa Senhora do Rosário e Vila Aparecida receberam reforço no policiamento após o incidente, visando prevenir novos episódios de violência na região.