Servidora suspeita de desviar 220 armas de delegacia em BH é indiciada

Servidora suspeita de desviar 220 armas de delegacia em BH é indiciada

Vanessa de Lima Figueiredo, presa preventivamente, é acusada de peculato e de vender armamentos ao Terceiro Comando Puro (TCP)

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito e indiciou a servidora pública Vanessa de Lima Figueiredo por peculato, após investigações apontarem seu envolvimento no desvio de 220 armas de fogo de uma delegacia em Belo Horizonte. A acusada, que segue detida preventivamente, poderá enfrentar pena de dois a doze anos de prisão, além de multa, conforme previsto no artigo 312 do Código de Processo Penal.

As investigações revelaram um esquema complexo de desvio de armamentos, com conexões diretas com organizações criminosas. O caso agora será analisado pelo Ministério Público para possível denúncia à Justiça.

Perfil da investigada

* Vanessa Figueiredo tem 44 anos e é natural de Belo Horizonte
* Ingressou na Polícia Civil em 2014, após aprovação em concurso público realizado em 2013
* Atuou em delegacias de Divinópolis e no Detran-MG antes de ser transferida para a delegacia do Barreiro em 2020
* Recebia salário bruto de R$ 7,5 mil, conforme Portal da Transparência

Detalhes da investigação

* O esquema foi descoberto após um suspeito ser flagrado com uma arma que deveria estar apreendida
* Câmeras de segurança registraram a servidora retirando materiais da delegacia
* Parte das armas desviadas foi vendida para organizações criminosas, incluindo o Terceiro Comando Puro (TCP)
* A suspeita teria utilizado os recursos obtidos para adquirir dois veículos de alto padrão e realizar procedimentos estéticos

A defesa de Vanessa Figueiredo, representada pelo advogado Lucas Furtado, contestou a prisão, alegando desproporcionalidade. “A defesa vai pleitear a liberdade provisória da Vanessa, porque entende não haver qualquer indício concreto no inquérito policial, completamente premeditado, que possa ensejar de fato essa prisão preventiva”, afirmou o advogado.

Segundo a defesa, as gravações das câmeras de segurança mostram apenas a servidora com sua bolsa pessoal em horários regulares de entrada e saída, sem evidências claras de transporte de armamentos.

O caso segue para análise do Ministério Público, que decidirá sobre o oferecimento de denúncia à Justiça. Se a denúncia for aceita, Vanessa Figueiredo se tornará ré e enfrentará julgamento pelo crime de peculato.

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