O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva, em decisão unânime. O comunicado manteve tom conservador, reforçando que a taxa básica deve permanecer neste patamar por um “período bastante prolongado”.
O mercado financeiro reagiu ao posicionamento do BC, indicando que as expectativas de corte na taxa Selic devem ser postergadas. A decisão impacta diretamente a curva de juros futuros, com tendência de alta nas taxas de curto prazo.
* O cenário econômico continua marcado por expectativas desancoradas e projeções de inflação elevadas
* O BC destacou a resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho
* O comunicado enfatiza que “para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”
* O Rabobank mantém projeção de início dos cortes apenas no segundo trimestre de 2026
* O Citi avalia que o BC está “ainda mais comprometido” com o objetivo de levar a inflação à meta de 3%
* O Daycoval indica que a probabilidade de corte em janeiro de 2026 é reduzida
* A B.Side Investimentos caracteriza o comunicado como um “balde de água fria” para quem esperava flexibilização
* A XP destaca que o Copom reconhece melhora no cenário inflacionário, mas mantém cautela
Em paralelo, dados do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) da FGV mostram aumento de 0,57% em outubro, após alta de 0,30% em setembro. O índice acumula elevação de 5,58% nos últimos 12 meses, comparado a 4,04% no período anterior.
O cenário atual indica que o mercado deve ajustar suas expectativas, reduzindo apostas de corte da Selic para dezembro e janeiro, direcionando maior atenção para possível flexibilização a partir de março de 2026.