Um grave acidente entre um ônibus da Viação Cometa e um coletivo do transporte público de Juiz de Fora na BR-040, ocorrido em 5 de setembro, resultou em 40 feridos e quatro mortes. A Polícia Civil busca agora incluir mais vítimas no inquérito que investiga o caso, após o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) devolver o processo solicitando novas informações.
O delegado Daniel Buchmüller, responsável pelas investigações, confirmou que oito dos feridos já apresentaram representação formal. “Ao longo dos meses posteriores, já estávamos em contato com as vítimas para que elas representassem. O inquérito retornou do Ministério Público justamente para isso: para que pudéssemos reunir o maior número possível de representações”, explicou.
A polícia enfrenta desafios para localizar todas as vítimas, pois muitas residem em outras cidades ou na zona rural de Juiz de Fora.
Em outubro, a investigação foi concluída com o indiciamento do motorista do ônibus interestadual, que dormiu ao volante. Ele responderá por homicídio culposo na direção de veículo e lesão corporal culposa, ambos com agravante por ser motorista profissional. O condutor já tem histórico de envolvimento em sete boletins relacionados a acidentes, incluindo dois com vítimas fatais.
O acidente ocorreu quando o ônibus municipal, que fazia a linha 743 para o distrito de Toledos, parou em um ponto às margens da rodovia e foi atingido pelo veículo da Cometa, que seguia de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro. Entre as vítimas fatais estavam Sophia Gonçalves da Silva (2 anos), Maria Eduardah Mariano Silva (21 anos, grávida), Nicoli Augusta Santos Silva (16 anos) e Miria Aparecida Nunes (47 anos).
Embora o número de representações não altere a culpabilidade do motorista, pode influenciar na dosimetria da pena caso ele seja condenado.