O sistema de pagamentos instantâneos Pix, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, está próximo de atingir a marca de R$ 30 trilhões em transações anuais ao completar cinco anos de operação. Segundo dados do BC, somente até outubro de 2025, foram movimentados R$ 28 trilhões através da plataforma.
O Pix revolucionou o sistema financeiro brasileiro, alcançando expressiva adesão com 170 milhões de usuários adultos e mais de 20 milhões de empresas cadastradas. Renato Gomes, diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, destacou que a plataforma ampliou significativamente a inclusão bancária no país.
* As discussões iniciais para a criação do Pix começaram em 2016, com o estabelecimento dos requisitos fundamentais em 2018 pelo Banco Central
* Em agosto de 2019, o BC assumiu o desenvolvimento da base de dados e a administração do sistema
* O nome “Pix” foi oficialmente anunciado em fevereiro de 2020
* O lançamento teste ocorreu em 3 de novembro de 2020, com acesso limitado entre 1% e 5% dos clientes
* A operação oficial, com funcionamento 24 horas, iniciou-se em 16 de novembro de 2020
“Por um lado, teve essa redução de custo de distribuição de dinheiro. Por outro lado teve, vamos dizer assim, esse aumento da fatia de clientes e do consumo dos clientes e, obviamente, como o Pix trouxe muita concorrência com o sistema de pagamentos, acabou havendo uma redução de tarifas assim”, explicou Gomes durante uma transmissão online.
O sistema, que inicialmente foi criado para facilitar transferências instantâneas entre pessoas, expandiu suas funcionalidades ao longo do tempo. Foram implementadas novas modalidades como o Pix Cobrança, substituto do boleto tradicional, e o Pix Automático, equivalente ao débito automático.
Recentemente, o Pix tornou-se objeto de uma investigação comercial pelos Estados Unidos, iniciada durante o governo Trump, sob alegação de possíveis prejuízos a empresas financeiras americanas. Em resposta oficial ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), o Brasil defendeu que o sistema visa à segurança do sistema financeiro, sem discriminação a empresas estrangeiras.