O Monitor do PIB, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), registrou estabilidade (0,0%) em setembro de 2025 em comparação com agosto. Na análise interanual, o indicador apresentou crescimento de 2,2% em relação a setembro de 2024.
O terceiro trimestre de 2025 mostrou um cenário de desaceleração econômica generalizada, com avanço modesto de 0,1% em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo período de 2024, o crescimento foi de 1,5%, acumulando alta de 2,5% nos últimos 12 meses.
* O consumo das famílias registrou crescimento tímido de 0,2% em comparação com o mesmo período de 2024, apresentando desaceleração significativa em relação aos anos anteriores, quando crescia acima de 3,0%
* A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) recuou 0,4%, principalmente devido à retração no setor de máquinas e equipamentos, enquanto construção e outros ativos apresentaram contribuições positivas modestas
* As exportações cresceram 7,0%, com destaque para produtos da indústria extrativa, que representaram cerca de 44% do crescimento total
* As importações aumentaram 3,8%, impulsionadas principalmente por bens intermediários e de capital, enquanto produtos extrativos e serviços contribuíram negativamente
“O resultado do terceiro trimestre mostra que a desaceleração se refletiu na quase estagnação apontada no crescimento de apenas 0,1% na comparação com o segundo trimestre. O setor de serviços e o consumo das famílias, maiores componentes do PIB, respectivamente, pela ótica da produção e da demanda, ficaram estagnados, e os outros componentes pouco contribuíram para um desempenho mais forte da economia”, explicou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB – FGV.
Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 9,370 trilhões de janeiro a setembro de 2025, em valores correntes, com taxa de investimento da economia em 18,9% no terceiro trimestre. O Monitor do PIB serve como um importante indicador antecedente da tendência econômica, utilizando a mesma metodologia do IBGE para o cálculo oficial das Contas Nacionais.