A apertada aprovação da recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, no Senado, com apenas quatro votos além do mínimo necessário, trouxe novo ânimo aos aliados do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O resultado fortaleceu as expectativas sobre uma possível indicação do parlamentar mineiro à vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso.
Embora o advogado-geral da União, Jorge Messias, seja considerado o favorito nas previsões do presidente Lula, existe uma crescente percepção de que ele poderia não alcançar os 41 votos necessários para aprovação no Senado. Em contrapartida, apoiadores de Pacheco estimam que o senador mineiro poderia conquistar aproximadamente 70 votos.
* A votação de Gonet, que obteve 45 votos favoráveis e 26 contrários, revelou as dificuldades enfrentadas no Senado, onde há forte presença da direita. O procurador-geral, antes visto como conservador, perdeu apoio após apresentar denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro relacionada à tentativa de golpe.
O presidente Lula ainda não realizou a esperada reunião com Pacheco para discutir seu futuro político. Enquanto o petista demonstra interesse em ter o senador como candidato ao governo de Minas Gerais em 2026, Pacheco mantém sua preferência pela vaga no STF.
Líderes governistas afirmam que Lula já decidiu por Messias e consideram a votação de Gonet como um reflexo momentâneo que pode se alterar. Eles apostam que o perfil evangélico de Messias poderia atrair votos de senadores desse segmento.
O cenário atual demonstra que o apoio de Alcolumbre é fundamental para qualquer indicação ao STF, sendo ele um importante aliado de Pacheco. A definição sobre a vaga dependerá da conversa ainda não realizada entre Lula e o senador mineiro, encontro esse que pode ser decisivo para os próximos passos políticos de ambos.