Messias recebe apoio de ministros do STF para sabatina

Messias recebe apoio de ministros do STF para sabatina

Nunes Marques e André Mendonça, indicados por Bolsonaro, articulam com senadores apoio à indicação de Jorge Messias para vaga no Supremo

Jorge Messias, atual advogado-geral da União e indicado pelo presidente Lula para ocupar vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), ganhou apoio inesperado de dois ministros da Corte. Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, iniciaram articulações junto a senadores buscando votos favoráveis à aprovação do nome de Messias.

Os dois magistrados intensificaram contatos especialmente com senadores da oposição, tradicionalmente mais resistentes à indicação de Messias, devido à sua proximidade com o presidente Lula e o PT. O movimento ocorre em um momento de tensão política, já que a escolha do presidente contrariou expectativas de alguns parlamentares.

* Mendonça contatou aproximadamente cinco senadores da oposição que haviam apoiado sua própria indicação em 2021, argumentando que Messias possui perfil “técnico” e “religioso”, não sendo um “militante”.

* Os ministros defenderam junto aos parlamentares que a entrada de Messias na composição da Corte não representaria um avanço do governo sobre o Judiciário, destacando sua trajetória profissional como garantia de independência.

* A sabatina está marcada para 10 de dezembro, data definida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que inicialmente apoiava a indicação do senador Rodrigo Pacheco para o cargo.

Perfil Profissional

Messias construiu uma sólida carreira no serviço público desde 2007, quando ingressou como procurador da Fazenda Nacional. Formado em Direito pela UFPE, possui mestrado e doutorado pela UnB, onde também atuou como professor visitante.

Sua experiência inclui passagens como consultor jurídico em diversos ministérios, como Educação e Ciência, Tecnologia e Inovação, além de atuação na Procuradoria do Banco Central e na Casa Civil durante o governo Dilma Rousseff. Desde janeiro de 2023, comanda a AGU.

Se aprovado pelo Senado, Messias poderá permanecer no cargo por até 30 anos, até atingir a idade compulsória de 75 anos. Sua indicação para a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso ainda enfrenta resistências, com senadores da CCJ tentando alterar a data da sabatina.

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