Médica que sequestrou bebê e foi presa novamente por suspeita de homicídio mantinha quarto preparado para receber uma criança, com decoração rosa, roupas infantis e até uma boneca reborn, segundo informações do delegado Eduardo Leal à TV Anhanguera.
A investigação revelou que Cláudia Soares Alves tinha uma obsessão por maternidade, especificamente por ter uma filha mulher. Após tentativas frustradas de fertilização, a médica recorreu a métodos ilegais para realizar seu desejo.
* Em julho de 2024, aproveitando-se de sua posição como médica concursada no Hospital das Clínicas da UFU, sequestrou uma recém-nascida após se apresentar como pediatra aos pais.
* A suspeita dirigiu por 135 km até sua residência em Itumbiara com a bebê, que foi posteriormente resgatada.
* Antes do sequestro, tentou realizar adoções fraudulentas com documentos falsos e chegou a tentar comprar um bebê na Bahia.
A médica foi presa novamente, junto com outros dois homens de Itumbiara, por suspeita de envolvimento no assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Derani, de 38 anos, ocorrido em novembro de 2020 em Uberlândia.
Segundo o delegado Eduardo Leal, Cláudia havia se envolvido com o ex-marido da vítima e, após a proibição de contato com a criança do casal enquanto estivesse com ele, teria planejado o crime para assumir a maternidade da menina.
“Ela certamente entendeu que ceifando a vida da vítima seria mais fácil dela conseguir assumir esse poder familiar. Ficou apurado que ela contou com o apoio do vizinho e do filho [dele]”, afirmou o delegado à TV Anhanguera.
A defesa da médica, em caso anterior, alegou que ela sofre de transtorno bipolar e estava em crise psicótica durante o sequestro, sem capacidade de discernimento sobre seus atos.