O presidente venezuelano Nicolás Maduro ordenou uma “mobilização massiva” de militares em resposta à presença do porta-aviões nuclear Gerald R. Ford, o maior do mundo, no Mar do Caribe. A movimentação militar envolveu aproximadamente 200 mil homens em exercícios por todo território venezuelano.
O Ministro da Defesa, Vladimir Padrino, coordenou as operações que incluíram exercícios do exército, marinha e aeronáutica. A televisão estatal VTV transmitiu imagens dos exercícios, mostrando soldados armados com fuzis em veículos das Forças Armadas.
* O Gerald R. Ford foi enviado ao Mar do Caribe no final de outubro, como parte da estratégia do governo americano para combater organizações criminosas transnacionais e narcoterrorismo.
* O porta-aviões, movido a energia nuclear, tem capacidade para mais de 75 aeronaves militares, incluindo caças F-18 Super Hornet e E-2 Hawkeye, além de um arsenal de mísseis de médio alcance para combate a drones e aeronaves.
* A presença do navio representa uma escalada nas tensões entre Estados Unidos e Venezuela, especialmente após o presidente Trump autorizar operações da CIA contra Maduro.
Vladimir Padrino criticou duramente a presença militar americana na região, declarando: “A Venezuela deve saber que tem uma Venezuela resguardada, protegida, defendida”. O ministro ainda acusou os militares americanos de serem “mercenários” e afirmou: “Estão assassinando gente indefesa, sejam ou não narcotraficantes, justiçando sem o devido processo”.
Sean Parnell, porta-voz do Pentágono, justificou a presença do Gerald R. Ford afirmando que a força naval reforçada aumenta a capacidade dos EUA de “detectar, monitorar e desmantelar atividades e atores ilícitos” que ameaçam a segurança interna.