O velório do cantor e compositor Lô Borges, realizado no Palácio das Artes, no Centro de Belo Horizonte, reuniu centenas de pessoas entre fãs, músicos, amigos e familiares. O ambiente foi decorado com diversas flores e coroas, demonstrando o carinho do público pelo artista mineiro.
Durante o evento, Yé Borges, irmão do músico, revelou informações importantes sobre trabalhos inéditos do artista. Segundo ele, Lô mantinha uma rotina criativa intensa e deixou material musical ainda não publicado.
* “Foi uma coisa muito repentina, pra um cara que estava cheio de planos, cheio de sonhos. Tinha um disco para ser lançado com Zeca Baleiro, tinha um outro disco pronto. Ele compunha compulsivamente. Essa obra não pode ficar engavetada, tem que ser compartilhada porque tem coisas geniais. A gente vai ter que ver com o produtor dele pra gente lançar”, compartilhou Yé Borges.
A carreira solo de Lô Borges teve início em 1972 com o lançamento de seu primeiro álbum, conhecido popularmente como “O disco do tênis”. Após um período afastado da música, quando adotou um estilo de vida hippie, retornou em 1978 participando do “Clube da Esquina 2”.
Em 1979, lançou “A Via Láctea”, seu segundo álbum solo, que incluía sucessos como “Vento de maio” e “Nau sem rumo”. Sua discografia inclui diversas parcerias marcantes, como “Dois Rios”, composta com Nando Reis e o grupo Skank.
Entre 2019 e 2025, o artista manteve-se extremamente produtivo, lançando sete álbuns em colaboração com diversos artistas, incluindo Nelson Ângelo, Makely Ka, Márcio Borges, Patricia Maês, César Maurício, Toninho Horta, Manuela Costa e Zeca Baleiro.
O velório, aberto ao público, demonstrou o imenso carinho e respeito que os mineiros e brasileiros nutrem pelo legado musical deixado por Lô Borges, figura fundamental da música brasileira.