A Hapvida enfrentou uma significativa desvalorização no mercado financeiro, perdendo R$ 7 bilhões em valor de mercado durante o pregão de quinta-feira. A queda ocorreu após a divulgação do balanço do terceiro trimestre, considerado fraco pelo mercado, levando a empresa a aprovar um programa de recompra de até 70 milhões de ações.
As ações da operadora de saúde sofreram uma forte queda na B3, iniciando o dia cotadas a R$ 22,09 e atingindo a mínima de R$ 16,77, fechando o pregão em R$ 18,89. Esta desvalorização levou o valor de mercado da empresa a cair abaixo dos R$ 10 bilhões pela primeira vez desde sua estreia na bolsa em 2018.
Principais pontos do desempenho financeiro:
* O lucro líquido registrado foi de R$ 148,9 milhões no segundo trimestre, representando uma queda de 64,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Com ajustes, o lucro atingiu R$ 299,3 milhões.
* A receita líquida ajustada alcançou R$ 7,674 bilhões no trimestre, um aumento de 7,3% em relação ao mesmo período de 2024.
* O EBITDA apresentou queda de 26,6%, totalizando R$ 703 milhões. Com ajustes, o indicador registrou R$ 905,4%, uma redução de 5,5%.
* A sinistralidade caixa atingiu 71,0% no segundo trimestre, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024.
Em resposta à crise, a empresa anunciou através de fato relevante a aprovação de um novo programa de recompra de ações. Conforme comunicado: “A administração da Companhia, por meio de sua diretoria estatutária, definirá o momento e a quantidade de Ações a serem adquiridas, podendo chegar a até 70.000.000 de Ações pelo período de 18 meses, contados de 13 de novembro de 2025”.
No acumulado do ano até junho, a Hapvida registrou lucro líquido de R$ 565,3 milhões, representando uma queda de 42,6% em comparação ao ano anterior, enquanto a receita líquida total atingiu R$ 14,925 bilhões, um aumento de 7,8% em relação a 2024.