Família é presa por usar posto de combustível para lavar R$ 63 milhões em Juiz de Fora

Família é presa por usar posto de combustível para lavar R$ 63 milhões em Juiz de Fora

Ministério Público investiga família que usou posto de combustíveis em Juiz de Fora para sonegação fiscal e lavagem de dinheiro desde 2008

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou uma operação contra um esquema de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal envolvendo o Posto Central, localizado na Avenida Francisco Bernardino, no Centro de Juiz de Fora. A investigação aponta que uma família utilizou o estabelecimento para lavar aproximadamente R$ 63 milhões.

Na terça-feira (4), o MPMG cumpriu seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão na cidade, como parte da segunda fase da Operação Fernão de Noronha. A ação é conduzida pela Coordenadoria Regional da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata.

Detalhes da investigação

* A organização criminosa, formada por membros de uma mesma família, utilizou a personalidade jurídica do Posto Central para criar uma empresa de fachada, desviando recursos e enriquecendo de forma ilícita
* O esquema teve início em 2008, permitindo que os suspeitos ampliassem seu patrimônio através da compra de imóveis e investimentos em transporte e logística de combustíveis
* A Justiça determinou o sequestro de 26 veículos e sete imóveis ligados à família investigada, além do bloqueio das contas do grupo até o limite de R$ 63 milhões

Primeira fase da operação

* Em 2021, o MPMG identificou movimentações suspeitas de grandes quantias em dinheiro vivo, incompatíveis com a atividade declarada
* Foram descobertas garagens clandestinas utilizadas para armazenamento irregular de combustível, em desacordo com as normas da Agência Nacional do Petróleo (ANP)
* As investigações apontaram possíveis práticas de adulteração e receptação de combustível furtado

André dos Santos Policante, advogado de defesa do posto e do sócio-administrador Paulo Alexandre Moreira, informou que só se manifestará após “tomar ciência de todos os acontecimentos”.

A operação busca garantir o ressarcimento aos cofres públicos de Minas Gerais do prejuízo causado pela sonegação fiscal, estimado em mais de R$ 63 milhões.

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