Uma nova pesquisa realizada pela Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, revelou que 73% dos brasileiros apoiam a classificação de organizações criminosas como grupos terroristas. O levantamento, conduzido entre 6 e 9 de novembro com 2.004 entrevistados, possui margem de erro de 2 pontos percentuais.
O estudo da Quaest apresenta dados significativos sobre a percepção da população em relação à segurança pública:
* 73% dos entrevistados são favoráveis à classificação de organizações criminosas como terroristas, enquanto 20% se opõem à medida e 7% não souberam responder
* A preocupação com a violência aumentou significativamente, atingindo 38% dos brasileiros em novembro, um aumento de 8 pontos percentuais em relação a outubro
* 88% dos entrevistados apoiam o aumento das penas para homicídios ordenados por organizações criminosas
* 65% defendem a retirada do direito à visita íntima para membros de facções nas prisões
* 52% são favoráveis à transferência da responsabilidade da segurança pública para o governo federal
O tema ganhou destaque após o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, designar o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto antifacção. Derrite, que é secretário de segurança de São Paulo e está temporariamente afastado para relatar o tema, incluiu inicialmente a classificação em duas versões do texto, mas recuou na versão final.
Uma parte do governo Lula argumenta que classificar facções como terroristas poderia expor o Brasil à interferência externa. O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, afirma que a mudança proposta “banaliza o terrorismo” e compromete o sistema penal.
A pesquisa Quaest também avaliou a opinião pública sobre a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro:
* 67% dos brasileiros aprovaram a operação
* 25% desaprovaram
* 4% se mantiveram neutros
* 4% não souberam ou não responderam
A operação, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, foi a mais letal da história do estado e teve conhecimento de 97% dos entrevistados.