O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, intensificou seus esforços diplomáticos em busca de apoio militar internacional, enviando cartas à Rússia, China e Irã em meio ao crescente clima de tensão com os Estados Unidos. A iniciativa revela uma tentativa estratégica de fortalecer as capacidades militares venezuelanas diante das pressões norte-americanas.
De acordo com informações divulgadas pelo Washington Post, os pedidos de Maduro incluem uma ampla gama de recursos militares e apoio técnico. As solicitações foram feitas através de diferentes canais diplomáticos, com objetivos específicos para cada nação aliada.
À Rússia, através de carta entregue por um assessor que visitou o país em outubro, Maduro solicitou:
– Apoio militar aéreo
– Serviços de manutenção e restauração de aeronaves
– Aquisição de mísseis
– Plano de financiamento de três anos via Rostec
– Sistemas de detecção por radar
Para a China, o pedido de Maduro focou em:
– Fortalecimento da cooperação militar bilateral
– Aceleração na produção de sistemas de detecção por radar
– Ampliação da capacidade de defesa aérea venezuelana
Ao Irã, através do ministro venezuelano Ramón Velásquez:
– Solicitação de bloqueadores de GPS
– Equipamentos de detecção
– Drones de longo alcance
O Kremlin, embora não tenha comentado diretamente a carta, manifestou apoio à Venezuela na “defesa de sua soberania nacional”. Pequim, por sua vez, não respondeu às solicitações do líder venezuelano.
A tensão entre Venezuela e Estados Unidos atingiu novos patamares, com Washington intensificando suas medidas contra o país sul-americano. A CIA recebeu autorização para realizar operações na região, e os EUA estabeleceram parcerias militares com Trindade e Tobago para exercícios próximos à costa venezuelana.
Os Estados Unidos também realizaram 14 operações contra supostos narcotraficantes no Caribe e no Pacífico, resultando em 62 mortes, embora familiares das vítimas aleguem que eram apenas pescadores.