Renê Júnior, acusado de assassinar o gari Laudemir de Souza Fernandes em Belo Horizonte, teve negado pela Justiça o pedido de anulação da confissão do crime. A defesa argumentou que a confissão ocorreu sem a presença de advogado, mas a juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza manteve a validade do depoimento.
O crime ocorreu em 11 de agosto, quando Renê Júnior, irritado com um caminhão de lixo que supostamente atrapalhava o trânsito, atirou contra o gari Laudemir Fernandes no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte.
Principais pontos do processo:
* A defesa solicitou a nulidade da confissão alegando ausência de advogado durante o depoimento na delegacia, pedido que foi negado pela juíza por entender que as declarações foram feitas por livre manifestação.
* Outros pedidos de nulidade foram apresentados, incluindo questionamentos sobre a obtenção da senha do celular do acusado e o exame de balística da arma do crime, todos igualmente negados.
* Foi determinado o fim do segredo de Justiça do processo, que havia sido imposto em outubro por risco de vazamento de informações protegidas.
Detalhes do crime:
* Renê Júnior é acusado de homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, ameaça contra a motorista do caminhão e fraude processual.
* O acusado, que dirigia um BYD cinza, primeiro ameaçou atirar no rosto da motorista do caminhão de lixo, depois desceu do veículo e disparou contra o gari.
* Mensagens obtidas pela investigação revelam que Renê Júnior tentou encobrir o crime, orientando sua esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, a entregar uma arma diferente da utilizada no assassinato: “Pega a 9 mm, entrega a 9 mm, não pega a outra”.